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carol zanarotti

pequenas histórias · quanto mais movimento melhor

Tenho uma paixão nada secreta por fotografar crianças em cama elástica. Foi um amor que fui adquirindo fotografando muitas e muitas festas. Há uns dois anos mais ou menos descobri (nesta festa daqui) que eu podia me meter em baixo de uma e foi assim que o vício se instalou de vez, posso dizer que depois disso nunca mais voltei ao normal.

Essa foi a primeira vez que fotografei minhas duas filhas juntas em uma cama elástica só para elas. Na realidade foi o segundo dia, no primeiro fotografei só com o celular e quando voltamos neste mesmo lugar alguns dias depois sabia que tinha que levar a minha câmera. Elas iriam se divertir um bocado e eu certamente também - vida de mãe fotógrafa sempre tem segundas intenções hahah. Fazia tempo que eu não fotografava algo que me identificasse 100% de início ao fim. Essa bagunça, as risadas, o desfoque, o movimento... aaahhhh o movimento! E as cores.... Esse tem sido meu novo amor desse ano. As fotos coloridas nunca mexeram tanto comigo quanto agora. E a dupla exposição tem sido meu xodó da vez, estou aprendendo à passos miúdos e tem sido incrível. Pega tudo isso e deixa tudo junto misturado, tudo que mais estou amando nesse momento e não preciso de mais nada! Claro que em um trabalho eu fotografo de forma mais comportada por assim dizer, seguindo certos protocolos e fotos que considero serem essenciais e que não vou embora sem. Mas se tem uma coisa que me deixaria malucamente feliz é se um dia alguém me pedir para eu fotografar a sua família da forma que fotografo as minhas filhas. Talvez quando eu crescer isso se torne cada vez mais realidade ;) Mas se por acaso você gostar dessas fotos e se identificar com esse estilo não tão convencional, por favor me chama, vou amar! Prometo que vou mergulhar de cabeça!

Escrevi isso no post do facebook e fez todo sentido trazer para cá tb:

Se eu tivesse que escolher uma única forma de fotografar para o resto da minha vida, certamente seria algo muito parecido com isso. Sei que muita gente pode olhar e não gostar, achar estranho ou que está com defeito. Mas se tem algo que me deixa extremamente feliz é conseguir sair da minha própria caixa e me dar tal liberdade de criar.

Cada vez mais tenho aprendido a me desapegar, deixar para trás a forma que já julguei ser a correta ou seguir certos padrões do quais achava que os outros iriam gostar e aprovar. No fim das contas só me completo quando me permito ser quem eu sou, mesmo que seja sem foco, mesmo que seja imperfeito. Let's be weird and free!

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